
Produtor bem assistido entrega mais — mesmo na seca
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A entressafra não é apenas um teste para o produtor. Ela é, sobretudo, um teste para o laticínio. Porque é nesse período que fica claro quem está de fato estruturando sua base fornecedora — e quem ainda depende da sorte.
A diferença entre quem mantém a entrega de leite e quem derrapa na produção costuma estar em um fator-chave: assistência técnica regular e orientada a resultado.
Produtor que é acompanhado o ano todo faz silagem no tempo certo, dimensiona melhor o uso de concentrados, ajusta a dieta, controla o escore corporal do rebanho e evita perdas nutricionais que derrubam a produção. Isso não acontece por acaso — acontece quando há presença, acompanhamento e planejamento.
E por que isso importa tanto para o laticínio?
Porque quem mantém a captação estável em julho, garantiu qualidade e previsibilidade lá em março. E isso só acontece onde há relação próxima, confiança e estratégia de longo prazo entre quem coleta e quem produz.
O apoio à base produtora não precisa ser complexo. Às vezes, começa com o básico: um técnico em campo, um diagnóstico forrageiro, um programa nutricional por região. São ações que custam pouco, mas entregam muito — especialmente quando comparadas aos prejuízos de uma entressafra mal gerida.
No fim das contas, quem apoia o produtor certo colhe mais, fideliza e fortalece sua própria operação. E isso faz toda diferença quando o clima aperta.