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Como reagir à queda do preço do leite sem perder o controle da fazenda
O cenário atual preocupa qualquer produtor de leite.
O preço caiu, os custos seguem altos e, mais uma vez, o bolso do produtor é quem sente o impacto. Mas, se o mercado muda, a resposta precisa vir de dentro da fazenda, com gestão, estratégia e adaptação.
O primeiro passo é entender que o preço do leite é reflexo de uma série de fatores fora do controle do produtor.
O câmbio, o custo dos grãos e o consumo interno são os grandes motores dessa oscilação. Quando o dólar está valorizado, os insumos importados sobem. Quando o dólar cai, as importações de leite e derivados aumentam. No meio disso, o produtor precisa lidar com o custo da ração, do adubo e da energia, que raramente caem na mesma proporção que o preço do leite.
Por isso, a chave está em fazer o melhor com o que está sob seu alcance.
Reduzir desperdícios, revisar o rebanho e otimizar o uso do pasto são medidas simples, mas que fazem diferença. Planejar as compras, negociar com antecedência e aproveitar promoções sazonais de insumos podem aliviar o caixa. Mais do que nunca, o controle técnico é indispensável, saber quanto custa produzir cada litro é o primeiro passo para tomar boas decisões.
Alguns produtores estão encontrando alternativas interessantes, como agregar valor à produção com queijos artesanais, leites especiais e certificações de qualidade. Outros têm apostado em cooperativas e parcerias diretas com laticínios para garantir estabilidade no recebimento.
O importante é não ficar refém do preço, mas agir com visão de negócio.
A pecuária leiteira é uma atividade cíclica, e todo ciclo de baixa é também um convite à reestruturação. As fazendas que atravessam as crises mais preparadas são aquelas que encaram a gestão como parte do manejo. A boa notícia é que o preço vai voltar a subir, e quem estiver organizado vai sair na frente quando isso acontecer.
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